terça-feira, 21 de junho de 2011
terça-feira, 14 de junho de 2011
O lúdico no Universo Infantil
Assim, destaca-se que as brincadeiras lúdicas e histórias desempenham papel fundamental no desenvolvimento afetivo e cognitivo das crianças, os estudos sobre o jogo infantil possibilitam identificar a construção da função simbólica que se faz através da representação e permite destacar o pensamento da ação.
A brincadeira fornece para a criança uma transição de representação a qual apresenta função simbólica com relação a utilização dos objetos como signos e a possibilidade de executar ações representativas. Na brincadeira, o que é regra acaba se tornando um desejo que no futuro, segundo Vygotsky, constituirá o nível básico da ação e da moralidade.
Segundo Vygotsky, na brincadeira os objetos perdem sua força determinadora sobre o comportamento que a criança apresenta, pois a sua ação em situação imaginária, ensina a criança a dirigir seu comportamento não pela situação, mas pelo significado que estas apresentam.
O desenvolvimento que a criança apresenta com relação a imaginação está associado com aquisição da linguagem que possibilita à criança imaginar um objeto que ela nunca viram, assim, a criança aprende a separar a ação real de outra ação, desenvolvendo a vontade, a capacidade de fazer escolhas conscientes e operar com situações que levam ao pensamento abstrato.
O contato com o lúdico, com os jogos, com o faz-de-conta se apresenta como sendo uma diversão e entretenimento, que revela sua importância no desenvolvimento do pensar da criança. Assim como também os contos de fadas, que falam de seus super heróis, outra forma que também é bastante explorada na literatura infantil são os chamados contos acumulativos que caracterizam-se como pequenas histórias encadeadas, populares e divertidas, que apresentar um desafio para as crianças encaram como sendo um jogo.
Referências Bibliográficas
VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. São Paulo, Martins Fontes, 1984.
http://www.portaleducacao.com.br/ (acesso em 10/06/2011 ás 14:35)
www.recantodasletras.com.br (acesso em 13/06/2011 ás 17:00)
A criança
Dica de leitura
Pedagogia, Educação Infantil - novos olhares
Segundo a Resolução do Conselho Nacional de Educação, CNE/CP n.1 de 15 de maio de 2006, na qual estabelece as Diretrizes Nacionais para o curso de Graduação e Pedagogia, licenciatura, garante que os profissionais formados em pedagogia poderão atuar em áreas como na Educação infantil, séries iniciais do ensino fundamental, apoio escolar e outros. Exemplo: Pedagogia Social de Rua, Pedagogia Hospitalar.
Há vários questionamentos sobre a atuação do Pedagogo, muitos julgam a sua atuação, apenas como professor, mas sua atuação é muito ampla podendo atuar em várias áreas, fora dos espaços escolares, isso muitas vezes é desconhecido por muitas pessoas, e até pelos próprios profissionais.
O pedagogo social de rua é aquele responsável em resgatar meninos e meninas de rua, que acolhe, da atenção, ensina, e ensina e aponta caminhos e ajuda a pensar em novas possibilidades a essas crianças.
Segundo Graciani (2005, p.194-195)
a Pedagogia Social de Rua é um trabalho, acima de tudo, de conquista e de afeto, que permitirá a permanência dos meninos pelo “desejo” de permanecerem, de serem considerados, de serem ouvidos, de poderem expressar seus anseios e angustias. Esses momentos, profundamente presente no cerne do conflito, são as reais possibilidades de emancipação e engajamento dos meninos(as) de rua ao novo projeto de vida.
O desafio do Pedagogo Social de Rua, não é manter os meninos(as) nas ruas, seu objetivo maior é a educação social, o tratamento dessas crianças que vivem de forma precária nas ruas.
Alguma das áreas, em que o Pedagogo pode atuar é em Hospitais auxiliando na aprendizagem da criança enferma, tentado amenizar o ambiente pesado do hospital. Ainda de acordo com o MEC, o ambiente hospitalar possibilita esse atendimento educacional que as crianças hospitalizadas necessitam, de uma educação especial profissional.
Referencias bibliográficas:
FONTES, Rejane de S. A escuta pedagógica à criança hospitalizada: discutindo o papel da educação no hospital. Revista Brasileira de Educação, n.29, p. 119 – 138, Maio /Jun /Jul /Ago 2005.
http://www.fortium.com.br/faculdadefortium.com.br/lucio_jose/material/social_rua.doc
segunda-feira, 13 de junho de 2011
A alfabetização na Educação Infantil
domingo, 12 de junho de 2011
Sites destinados ao público infantil
1. JC Kids
http://www2.uol.com.br/JC/sites/kids/home.htm
2. Barbie
http://br.barbie.com/
3. Seninha
http://senna.globo.com/senninha/
4. Zuzubalândia
http://iguinho.ig.com.br/zuzu/
5. EcoKids
http://www2.uol.com.br/ecokids/
6. Kadike
http://www.kadike.com.br/
7. Junior
http://www.junior.te.pt/servlets/Home
8. UOL Crianças
http://criancas.uol.com.br/
9. BugiGangue!
http://www.bugigangue.com.br/bugigangue/html/princ.htm
10. SmartKids
http://www.smartkids.com.br/
11. Discovery Kids
http://www.discoverykidsbrasil.com/
12. Guri
http://www.guri.com/
sábado, 11 de junho de 2011
Entrevista com uma pedagoga
Entrevista com uma professora universitária
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Sugestões de Atividades
• Identidade e autonomia.
• Natureza e sociedade.
• Matemática
Conversação:
Diga às crianças que todos somos diferentes uns dos outros, a crianças altas e baixas, que tem os olhos azuis, castanhos, verdes..., que a crianças com o cabelo curto ou comprido, a crianças brancas e negras, crianças que caminham sozinha e acrianças que precisam de ajuda para caminhar, entre outras diferenças.
Diga também que apesar dessas diferenças nos também somos iguais em muitos aspectos, diga às crianças que todas elas têm coisas em comum como: todos possuem dois olhos, um nariz, todos possuem dois pulmões que nos ajudam a respirar, todos possuem um coração que sempre esta batendo, e que nos mantém vivos, entre outras semelhanças que os alunos da sua turma possam ter.
Explicação:
Explique as crianças que para melhor visualizarmos essas diferenças e semelhanças iremos realizar um mapa do nosso corpo.
Materiais:
• Papel pardo, canetinha, giz de cera, lápis de cor, tesoura, durex.
Desenvolvimento:
• Coloque as crianças uma a uma deitada no papel pardo e realize o contorno do corpo da criança.
• Peça às crianças que decorem e enfeite os seus “EUs” de acordo como eles são.
• Recorte e cole na parede de sala de aula.
• A colagem pode ser aleatória o realizando uma sequência por tamanhos.
Após os mapas prontos e colados, podemos explorar com as crianças:
• Quais as semelhanças de cada um?
• Quais as diferenças?
• Que partes do corpo aparecem nos mapas?
• Quais partes do corpo não aparecem no mapa?
• Qual o maior aluno da sala?
• Qual o menor aluno da sala?
• Quantas crianças têm na sala de aula? Quantos mapas nós temos na sala de aula?
• Quantas crianças não vieram na aula e, portanto não tem o seu mapa?
OBS: A professora pode trazer pronto para a sala de aula um mapa de si mesma, para servir de exemplo para as crianças e auxiliar na brincadeira.
Sugestões de Atividades
Sugestões de Atividades
Eixo trabalhado:
• Movimento
Objetivo: a partir de uma sessão historiada desenvolver a motricidade fina dos alunos.
Conversação inicial:
O que vocês acham de fazermos uma viagem ao mundo dos contos de fadas?
Quem quer ir levanta a mão.
Estabelecer regrinhas que deverão ser cumpridas durante a brincadeira.
Sessão Historiada
Muito bem para embarcarmos nesta viagem teremos de passar por um túnel mágico que nos levará direto para o reino dos contos de fada. (as crianças passam por um túnel de tecido e bambolês – desses de festa de criança – ou pode ser um túnel feito com cadeiras onde as crianças terão que engatinhar por baixo das cadeiras)
Agora que chegamos por onde começaremos, não sei muito bem onde estamos, preciso que vocês me ajudem a achar o castelo encantado. Onde será que ele está? (deixe que as crianças imaginem e indiquem em caminho)
O castelo é grande e muito bonito, não é mesmo (peça a criança para descrever como é o castelo que elas estão vendo, peça a elas que digam quantas torres têm, qual a cor, quem morra nesse castelo...), pena que está muito longe, vocês querem ir até lá mesmo sendo tão longe?
Então vamos, mas temos que alertá-los de que o caminho não será fácil.
Venham todos atrás de mim (a professora vai à frente formando um trenzinho, pare de repente, pedindo silêncio e atenção a todos)
Parem! (abra os braços na frente das crianças, impedindo a sua passagem) Silêncio! Escutem! (coloque uma mão na orelha e finja escutar alguma coisa) Acho que tem alguém cantando aqui por perto. (comece a cantar “Quem tem medo do lobo mau, lobo mau”)
Quem será que está cantando esta música? Olhem só os três porquinhos, e eles estão construindo as suas casinhas?
Vamos ajudar o porquinho que esta construindo a casinha de tijolos, assim o lobo mau não vai poder pegá-lo. (as crianças devem imitar alguém carregando tijolos bem pesados, fingindo fazer muito esforço para conseguir carregá-lo).
Ufa! (dizer passando a mão na testa) Ainda bem que acabamos já estava ficando cansada, estou com muito calor e muita sede. Vocês estão com calor e com sede? (fazer movimentos com a mão, se abanando)
Já sei, que tal se agente fosse até o lago para se refrescar?
Vamos? Então vamos. (correr com as crianças até o lago)
Olhem só que lago lindo, quantos peixinhos coloridos, vamos entrar na água? (todos pulam dentro da água e começam a tremer de frio)
Nossa que frio, como a água esta gelada, acho que teremos que nadar se não vamos congelar aqui. (todos começam a nadar)
Olhem o castelo fica mais próximo do outro lado do lago, temos que nadar até aquelas pedras, e depois poderemos pular até o outro lado. (as crianças fingem nadar até as pedras, depois elas devem subir nas pedras e pular de pedra em pedra até a outra margem do lago)
Oh não! Vejam só isso a ponde para o castelo esta quebrada, o que podemos fazer agora. (cruzar os braços e pensar)
Estamos salvos! Olhem ali é o Aladim e o Gênio, será que eles emprestam o tapete mágico para a gente ir voando? (acenar para o céu chamando o Aladim e o Gênio)
Ainda bem que eles são bonzinhos e vão nos ajudar, agora todos a bordo do tapete. (crianças sentam no chão)
Nossa como tem vento aqui em cima, o tapete fica toda hora balançando, parece até que ele vai cair. (fingir cair para a esquerda e para a direita, para frente e para trás)
Fim da viagem no tapete, todos descendo e agradecendo pela carona. (as crianças de pé agradecem ao Aladim e ao Gênio pela carona)
Agora estamos cada vez mais perto só temos que seguir esse caminho de migalhas.
CAMINHO DE MIGALHAS??? Ué que será que deixou essas migalhas por aqui?
Será que é algum animal? ( incentivar as crianças a adivinharem de quem é a história das migalhas no caminho)
Ah! Bom! Assim fico mais aliviada, já estava começando a ficar com medo.
Vamos em frente então. Esperem! (parar com os braços abertos na frente da crianças, fazendo-as pararem)
Vocês estão sentindo esse cheirinho? (fazer as crianças cheirarem o ar fingindo sentir o cheiro de algo muito saboroso)
Hum parece uma cesta cheia de doces. Que doces será que tem nesta cesta? (peça as crianças para dizer que cheiro elas estão sentindo, o que elas acham que tem dentro da cesta)
Olhem ali. (apontar para a frente) Tem mais alguém seguindo as migalhas, quem será aquela menina de chapéu vermelho? E o que será que ela está fazendo? (deixar as crianças responderem)
Vamos junto com ela até a casa da vovó? Então vamos! (saltitar com as crianças cantando a música “Pela estrada afora eu vou bem contente, levar esses doces para vovozinha. O caminho é longe a estrada é deserta e o lobo mal passeia aqui por perto, mas à tardinha com o sol poente. Com a vovozinha estarei contente.”)
Vejam só pessoal estamos quase chegando, agora é só atravessar por baixo desses arbustos e chegaremos no castelo. (andar acocado)
Nossa o castelo é ainda mais bonito de perto, e como é alto. (olhar para cima inclinando a cabeça para trás)
E vejam, lá estão às princesas tomando chá, vamos tomar chá com elas? (sentar no chão e fingir tomar chá)
Agora que já tomamos chá com as princesas, que tal darmos uma volta de cavalo com os príncipes. (fingir andar a cavalo)
Nossa essa viagem foi maravilhosa, mais acho que já esta na hora de voltarmos para a nossa escola, não é mesmo? Que tal se pedíssemos uma carona com os sete anões pelas minas, assim chegaremos mais rápido ao túnel. (fingir caminhar atrás dos anões, todos em fila, o caminho é estreito, por isso as crianças caminharão de lado, enquanto caminham as crianças podem cantar “Eu vou, eu vou pra escola agora eu vou. Eu vou, eu vou pra escola agora eu vou.”)
Olhem, ali está o túnel que nós levará de volta para a escola. (passar novamente pelo túnel de tecido e bambolê)
Chegamos! Que viagem maravilhosa. (aqui o túnel pode levar as crianças para dentro da sala de aula ou para um lugar onde elas possam sentar em circulo, para realizarem uma pequena conversação que serve também como uma auto-avaliação para a brincadeira que eles acabaram de vivenciar)
Auto – avaliação
• O que vocês acharam dessa viagem?
• Qual a parte que vocês mais gostaram?
• Querem brincar assim de novo, outro dia?
• Todos fizeram direitinho as brincadeira que a professora pediu?
• Teve alguém que não participou? Por quê?
OBS: Antes de iniciar uma atividade de Sessão Historiada é importante, prever o espaço e os materiais que serão utilizados durante a narração.
Sugestões de Atividades
Essa brincadeira gostosa serve para trabalha a coordenação motora fina das crianças e estimula a sua criatividade.
Eixo trabalhado:
• Artes visuais
Confecção de massa de modelar caseira com as crianças.
Misture junto com as um pouco de farinha e água formando assim uma massa parecida com a massa de modelar comum, porém essa massa é ideal para trabalhar com as crianças por dois motivos: primeiro porque muito mais maleável que a massa de modelar comum e segundo por que é uma massa total mente comestível, sem risco a saúde das crianças, desse modo não haverá perigo se alguma das crianças de forma acidental ou até mesmo intencional ingerir a massa de modelar caseira.
Após a massa pronta as crianças, podem formar o que quiserem e conseguirem imaginar com a sua massa de modelar.
Outras receitas de Massa de Modelar
Ingredientes:
• 4 xícaras de farinha de trigo, 1 xícara de sal, 1 e 1/2 xícara de água, 1 colher de sopa de óleo, Corante alimentício ou gelatina em pó (fica com cor e com cheiro)
Modo de fazer:
Em uma vasilha, misture a farinha, o sal, a água e o óleo. Amasse bem com as mãos até que vire uma massa uniforme. Divida em várias partes e em cada uma coloque o corante ou a gelatina colorida.
Pronto! Está pronta a massinha.
Ingredientes:
• 1 xícara farinha de trigo, ½ xícara sal, ½ xícara água, ¼ xícara vinagre, ¼ xícara guache.
Modo de fazer:
Misture a farinha de trigo com o sal. Aos poucos, vá acrescentando a água e o vinagre. Por último, acrescente a tinta guache. Se preferir, divida a receita ao meio e use duas cores de tinta guache, uma para cada porção de massa. Não se esqueça que ao dividir a receita ao meio, a quantidade de tinta também deve ser proporcional. Amasse tudo muito bem, até obter uma massa lisa.
Depois é só brincar!!!!
Links: http://leiaorotulo.blogspot.com/2008/12/receita-de-massinha-de-modelar-caseira.html Acesso no dia 25/05/2011 às 19h23min
http://www.projetospedagogicosdinamicos.kit.net/index_arquivos/Page806.htm
Acesso no dia 25/05/2011 às 19h27min
Para refletir...
Tudo o que hoje preciso realmente saber, sobre como viver, o que fazer e como ser, eu aprendi no jardim de infância. A sabedoria não se encontrava no topo de um curso de pós-graduação, mas no montinho de areia da escola de todo dia. Estas são as coisas que aprendi lá:
1. Compartilhe tudo.
2. Jogue dentro das regras.
3. Não bata nos outros.
4. Coloque as coisas de volta onde pegou
5. Arrume a sua bagunça.
6. Não pegue as coisas dos outros.
7. Peça desculpas quando machucar alguém.
8. Lave as mãos antes de comer e reze antes de deitar.
9. Dê descarga.
10. Biscoitos quentinhos e leite fazem bem para você.
11. Respeite o outro.
12. Leve uma vida equilibrada: aprenda um pouco, pense um pouco... e desenhe.. e pinte... e cante... e dance... e brinque... e trabalhe um pouco todos os dias.
13. Tire uma soneca às tardes.
14. Quando sair, cuidado com os carros.
15. Dê a mão e fique junto.
16. Repare nas maravilhas da vida.
17. O peixinho dourado, o hamster, o camundongo branco e até mesmo a sementinha no copinho plástico, todos morrem... nós também.
NOTE:
Pegue qualquer um desses itens, coloque-os em termos mais adultos e sofisticados e aplique-os à sua vida familiar, ao seu trabalho, ao seu governo ou ao seu mundo e verá como ele é verdadeiro, claro e firme. Pense como o mundo seria melhor se todos nós, no mundo todo, tivéssemos biscoitos e leite todos os dias por volta das três da tarde e pudéssemos nos deitar com um cobertorzinho para uma soneca. Ou se todos os governos tivessem como regra básica devolver as coisas ao lugar em que elas se encontravam e arrumassem a bagunça ao sair.
Estas são verdades, não importa a idade.
Ao sair para o mundo é sempre melhor darmos as mãos e ficarmos juntos.
(Robert Fulghum)
Disponível em: http://www.pailegal.net/ser-pai/131
Acesso no dia 24/05/2011 às 11h30min
As brincadeiras de faz-de-conta e as histórias infantis
Profissional de Educação Infantil
Embora não existam informações abrangentes sobre os profissionais que atuam diretamente com as crianças nas creches e pré-escolas do país, vários estudos têm mostrado que muitos destes profissionais ainda não têm formação adequada, recebem remuneração baixa e trabalham sob condições bastante precárias. Se na pré-escola, constata-se, ainda hoje, uma pequena parcela de profissionais considerados leigos, nas creches ainda é significativo o número de profissionais sem formação escolar mínima cuja denominação é variada: berçarista, auxiliar de desenvolvimento infantil, babá, pajem, monitor, recreacionista, etc.
A constatação dessa realidade nacional diversa e desigual, porém, foi acompanhada, nas últimas décadas, de debates a respeito das diversas concepções sobre criança, educação, atendimento institucional e reordenamento legislativo que devem determinar a formação de um novo profissional para responder às demandas atuais de educação da criança de zero a seis anos. As funções deste profissional vêm passando, portanto, por reformulações profundas. O que se esperava dele há algumas décadas não corresponde mais ao que se espera nos dias atuais. Nessa perspectiva, os debates têm indicado a necessidade de uma formação mais abrangente e unificadora para profissionais tanto de creches como de pré-escolas e de uma restruturação dos quadros de carreira que leve em consideração os conhecimentos já acumulados no exercício profissional, como possibilite a atualização profissional.
Em resposta a esse debate, a LDB dispõe, no título VI, art. 62 que: "A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade Normal". Considerando a necessidade de um período de transição que permita incorporar os profissionais cuja escolaridade ainda não é a exigida e buscando proporcionar um tempo para adaptação das redes de ensino, esta mesma Lei dispõe no título IX, art. 87, § 4º que: "até o fim da década da Educação somente serão admitidos professores habilitados em nível superior ou formados por treinamento em serviço".
Isto significa que as diferentes redes de ensino deverão colocar-se a tarefa de investir de maneira sistemática na capacitação e atualização permanente e em serviço de seus professores (sejam das creches ou pré-escolas), aproveitando as experiências acumuladas daqueles que já vêm trabalhando com crianças há mais tempo e com qualidade. Ao mesmo tempo, deverão criar condições de formação regular de seus profissionais, ampliando-lhes chances de acesso à carreira como professores de educação infantil, função que passa a lhes ser garantida pela LDB, caso cumpridos os pré-requisitos. Nessa perspectiva, faz-se necessário que estes profissionais, nas instituições de educação infantil, tenham ou venham a ter uma formação inicial sólida e consistente acompanhada de adequada e permanente atualização em serviço. Assim, o diálogo no interior da categoria tanto quanto os investimentos na carreira e formação do profissional pelas redes de ensino é hoje um desafio presente, com vistas à profissionalização do docente de educação infantil.
Em consonância com a LDB, este Referencial utiliza a denominação "professor de educação infantil" para designar todos os/as profissionais responsáveis pela educação direta das crianças de zero a seis anos, tenham eles/elas uma formação especializada ou não.
Perfil profissional
O trabalho direto com crianças pequenas exige que o professor tenha uma competência polivalente. Ser polivalente significa que ao professor cabe trabalhar com conteúdos de naturezas diversas que abrangem desde cuidados básicos essenciais até conhecimentos específicos provenientes das diversas áreas do conhecimento. Este caráter polivalente demanda, por sua vez, uma formação bastante ampla do profissional que deve tornar-se, ele também, um aprendiz, refletindo constantemente sobre sua prática, debatendo com seus pares, dialogando com as famílias e a comunidade e buscando informações necessárias para o trabalho que desenvolve. São instrumentos essenciais para a reflexão sobre a prática direta com as crianças a observação, o registro, o planejamento e a avaliação.
A implementação e/ou implantação de uma proposta curricular de qualidade depende, principalmente dos professores que trabalham nas instituições. Por meio de suas ações, que devem ser planejadas e compartilhadas com seus pares e outros profissionais da instituição, pode-se construir projetos educativos de qualidade junto aos familiares e às crianças. A idéia que preside a construção de um projeto educativo é a de que se trata de um processo sempre inacabado, provisório e historicamente contextualizado que demanda reflexão e debates constantes com todas as pessoas envolvidas e interessadas.
Para que os projetos educativos das instituições possam, de fato, representar esse diálogo e debate constante, é preciso ter bons professores que estejam comprometidos com a prática educacional, capazes de responder às demandas familiares e das crianças, assim como às questões específicas relativas aos cuidados e aprendizagens infantis.
Texto retirado do Referencial Curricular para Educação Infantil, p. 39, 40, 41.